Arma falha três vezes em tentativa de feminicídio de mãe com criança no colo em MG
14/03/2025
(Foto: Reprodução) Polícia apreendeu revólver e confirmou que homem teve a intenção de atirar na companheira, que amamentava o filho recém-nascido no momento do crime. Caso foi em Patos de Minas, no Alto Paranaíba. Arma usada pelo atirador foi apreendida pela policia de Patos de Minas
Polícia Militar/Divulgação
Uma jovem de 24 anos sobreviveu depois que o companheiro tentou atirar contra a cabeça dela e a arma falhar, impossibilitando os disparos. A tentativa de feminicídio ocorreu na tarde de quinta-feira (13), na casa do casal em Patos de Minas, no Alto Paranaíba.
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Segundo a Polícia Militar (PM), a vítima contou que estava no quarto amamentando o bebê recém-nascido, quando o companheiro entrou e iniciou a discussão. O casal havia se separado por um período e reatou o relacionamento há três meses.
O rapaz, de 23 anos, dizia que não aceitaria vê-la com outra pessoa e fazia ameaças. Até que, no momento que ela tentou pegar o telefone para chamar a polícia, o agressor sacou a arma e apontou para a cabeça da vítima.
A mulher ainda relatou aos militares que ele apertou o gatilho três vezes, mas nenhuma bala saiu do revólver.
Ainda conforme o relato, a jovem conseguiu dar um tapa na arma e o filho mais velho, de nove anos, puxou a camisa do agressor na tentativa de proteger a mãe.
Neste momento, o rapaz saiu do quarto e a jovem conseguiu trancar a porta e ligar para a sogra para relatar o ocorrido.
Polícia confirma que arma falhou
Ao chegarem à casa, os policiais encontraram a vítima com o recém-nascido no colo e o suspeito dentro do carro. Ele foi abordado, mas negou as ameaças e a posse de arma de fogo.
Cão farejador encontrou arma em lote próximo à casa do casal
Rondas Ostensivas com Cães (ROCCA)/Divulgação
Com o apoio de cães farejadores, a polícia localizou o revólver escondido em um lote vago próximo à residência.
De acordo com a PM, o revólver estava com uma "munição picotada", que ocorre quando uma pessoa tenta atirar, mas a arma falha ou a munição não funciona corretamente. Em laudos periciais, essa condição pode comprovar que houve a intenção de disparar para matar a vítima.
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Os PMs também encontraram na casa uma balança de precisão com resíduos de maconha. O rapaz foi preso e encaminhado à Delegacia da Polícia Civil (PC) junto ao material apreendido.
A vítima demonstrou interesse em requerer medidas protetivas e foi orientada pela polícia. O caso será investigado pela PC.
Feminicídio agora é crime hediondo
Foi sancionada no ano passado a lei que aumenta a pena para o crime de feminicídio, isto é, o assassinato motivado pelo fato de a vítima ser mulher.
Desde então, a pena para esse tipo de crime, anteriormente estabelecida de 12 a 30 anos, passa a ser de 20 a 40 anos de prisão.
Além disso, o texto:
torna o feminicídio um crime hediondo;
estabelece que o processo judicial deve tramitar com prioridade;
define pena de 5 anos em caso de violência doméstica;
aumenta a pena em 1/3 se houver descumprimento de medida protetiva.
Aumenta a pena para quem comete feminicídio
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